A disseminação das práticas de incubação e aceleração de empresas em todo o mundo, embora aparentemente nova, é uma realidade já antiga e que implicou uma nova dimensão na teoria e na prática da gestão empresarial como actualmente a conhecemos. Então o que é e como surgiu? A necessidade de melhorar a gestão e auxiliar a formação e o crescimento de startups tornou-se cada vez mais importante, num ambiente de desenvolvimento tecnológico e crescente concorrência, marcado pela globalização e pelo mercado aberto. Essa realidade oferece uma oportunidade para as startups em estágio inicial potencializarem as suas chances de sucesso, moldando estratégias de incubação específicas que combinam vários ambientes de incubação complementares. Isso inclui, por exemplo, serviços de prestação de assistência em marketing, ajuda nas operações diárias do negócio, actividades de networking, acesso à Internet ou ajuda com a contabilidade e ligações com parceiros estratégicos.
Para estabelecer uma startup de sucesso, os empreendedores geralmente procuram programas de negócios que possam ajudar no crescimento dos seus negócios. Desse modo, as incubadoras e aceleradoras são as entidades ou programas escolhidos que visam impulsionar o desenvolvimento bem-sucedido de empresas recém-criadas, aumentando a sua probabilidade de sobrevivência e crescimento. As incubadoras e aceleradoras devem permitir um início sem constrangimentos e facilitar o processo de crescimento sustentável para as startups. Uma incubadora ajuda os empreendedores a desenvolver ideias de negócios, enquanto as aceleradoras aceleram o crescimento das empresas existentes com um produto mínimo viável (MVP). As incubadoras operam dentro de um prazo flexível que termina quando uma empresa tem uma ideia ou produto para apresentar a investidores ou aos consumidores. O cronograma para as aceleradoras é de alguns meses durante os quais o empreendedor recebe orientação, financiamento e ajuda.
Aceleração ou incubação de empresas?
Aceleradoras
O objectivo das aceleradoras de empresas é principalmente o networking, orientação e alocação de recursos para disparar o sucesso de negócios. O tempo de uma empresa numa aceleradora normalmente termina com uma apresentação partilhando o crescimento e o desenvolvimento que eles alcançaram durante as semanas ou meses no programa. É importante para cada empreendedor que queira ingressar por este caminho fazer uma autoavaliação para considerar se está no momento e no estágio certo para aderir a esse tipo de programa ou, se calhar, uma incubadora seria o mais adequado. Se a empresa está em rápido crescimento, uma aceleradora pode ser a escolha certa. Se o seu plano de crescimento ainda está em desenvolvimento, uma incubadora pode ser uma escolha melhor.
A ênfase nas aceleradoras está no rápido crescimento e no lançamento de produtos bem-sucedidos. No fim do período, os empreendedores têm a oportunidade de fazer uma proposta aos financiadores para obter mais financiamento. Uma aceleradora é, por isso, mais adequada para as startups que desejam reduzir o tempo de lançamento no mercado.
Incubadoras
As incubadoras concentram-se em preparar o empreendedor com o modelo de negócios, plano e orientação necessários para apresentar com confiança o seu plano de negócios aos investidores. Nas incubadoras os participantes passam o seu tempo em contacto com outros empreendedores, desenvolvendo as suas ideias, ajustando o seu produto ou serviço ao mercado e aperfeiçoando o plano de negócios. Este processo, geralmente, dura alguns meses e termina com uma demonstração em que o empreendedor apresenta a sua ideia de negócio para os investidores. Para os interessados neste tipo de caminho, é necessário verificar se têm os mentores e orientações certas para as suas necessidades e as do seu negócio. Caso o problema seja apenas o financiamento, uma aceleradora pode ser o mais indicado.
O importante a notar aqui é que os mecanismos de incubação de startups actuam como modelos de evolução, permitindo que o empreendedor construa as etapas do seu negócio de forma sólida.
Num mercado cada vez mais competitivo, muitos empreendedores, sobretudo os iniciantes, já entenderam que o seu sucesso passa por estarem integrados em programas estruturados de aceleração e incubação de negócios para garantir mais chances de consolidação no mercado.
Factores a considerer ao escolher o parceiro de Aceleração e incubação de empresas
Estágio de maturidade da startup: uma startup ainda no estágio inicial da ideia terá necessidades bem específicas resultantes dessa realidade, muito diferentes daquelas de uma startup já presente no mercado. Muitas vezes, o modelo de uma incubadora pode ser mais adequado para as empresas que ainda estão na fase de idealização. Uma aceleradora tem critérios de selecção que normalmente conjugam a avaliação do mercado, o diferencial tecnológico e o potencial para escalar o negócio, o que ainda não está presente nas startups que se encontram na fase da ideia.
Alinhamento de valores: as incubadoras e aceleradoras são mais bem-sucedidas quando conseguem alinhar a sua missão e valores com a vocação das startups que se pretende orientar. Consequentemente, também as startups. Por isso, é imperativo aos empreendedores conhecerem bem a missão, os valores e os focos de actuação das aceleradoras/incubadoras.
Política de selecção e graduação: as incubadoras e aceleradoras, quando selecionam as startups, aplicam critérios que carregam os seus valores e foco de actuação. Além desses critérios, os empreendedores devem estar cientes de outros factores aplicados como, por exemplo, nas aceleradoras que também examinam o potencial de rápido crescimento (escalabilidade), composição e experiência da equipa, possíveis protótipos existentes, propriedade intelectual e oportunidades de mercado.
Natureza e alcance dos serviços prestados: incubadoras e aceleradoras oferecem normalmente cinco serviços e recursos principais tais como o acesso a recursos físicos, o suporte de espaço, acesso a recursos financeiros, suporte técnico direto aos empreendedores, e o acesso a redes de contactos relevantes. As organizações com menos de quatro desses serviços tecnicamente não deveriam ser consideradas incubadoras.
Redes de parceiros: um dos componentes mais críticos para as incubadoras e, em especial, as aceleradoras com foco na tração de mercado, são as redes de parceiros, incluindo os mentores, parceiros corporativos e provedores de serviços. Muitas incubadoras e aceleradoras, por exemplo, incluem prestação de serviços como assessoria jurídica, contabilidade, gestão financeira, e outras.
CONCLUSÃO
A aceleração e incubação de empresas funciona nos mercados como mecanismo vital para a promoção da inovação e do desenvolvimento económico sustentável. Muita das iniciativas e os projectos que conseguem ser acelerados têm maiores chances de sobrevivência no futuro, cabendo ao empreendedor estudar a possibilidade individual de se aliar a cada um dos programas tendo em conta os factores previamente mencionados tais como: o estágio de maturidade da entidade; o alinhamento das necessidades do empreendedor com a missão, objetivo e foco de actuação; a política de selecção e graduação; a natureza e alcance dos serviços pr
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